O tamagotchi é daqueles fenómenos difíceis de explicar o seu sucesso mas lembro-me que na altura exista toda uma febre atrás destes pequenos “animais” (se assim podemos chamar) electrónicos. O objectivo era, basicamente, cuidar de um bicharoco mal amanhado que passava o tempo a saltitar de um lado para o outro ao qual tínhamos de dar de comer, limpar, brincar e até ralhar quando assim tinha que ser.
O tamagotchi foi lançado pela Bandai em 1996 mas rapidamente chegou ao mercado sucedâneos em que o efeito era o mesmo e provavelmente seriam mais baratos. O primeiro que tive (sim porque tive mais que um) foi comprado num mini-mercado em frente a minha casa, e sim era um sucedâneo. Lembro que nos primeiros tempos tratava do bicharoco religiosamente, eeeeeeeeeeeeee cúmulo dos cúmulos fazia um pequeno aconchego na minha mesinha de cabeceira com algodão (qual king size bed) para o dito aparelho. Enfim, coisas da infância… (parvo eu sei :P)
Quando o bonequito morreu pela primeira vez… Não, não houve choro e drama como poderiam estar praí a pensar, limitei-me a virar o pequeno aparelho e carregar no MILAGROSO reset e voilá, lá estava ele enfiado num ovo pelo qual tínhamos que esperar que abrisse… É assim… Tanto tinha uma preocupação que até fazia caminhas de algodão como no momento seguinte estava FRIAMENTE a passar por cima do pequeno e inanimado corpo do defunto boneco repondo-o com outro.
Houve tamagotchis de todos os feitios e tamanho. Lembro-me de receber um, ou no natal ou no meu aniversário, em que era em forma da cara do Mickey e que tinha bracelete que funcionava como um qualquer tradicional relógio… OK não era como um tradicional relógio já que as dimensões do dito era um pouco elevadas para um braço de um puto daquela idade e acho que por essa razão não o usei muitas vezes como relógio ou até nenhuma mesmo.
E vocês tiveram estes simpáticos e anafados bichinhos como animais de estimação? Sim, porque devia haver pais que davam um tamagotchi aos filhos de forma a dissuadir a sua ideia de ter um animal de estimação propriamente dito:
- Mãe quero um cão!
- E se for um tamagotchi…
- Ah tá bem!
E pronto, a vida continua…