Hoje vou falar de algo que me apaixona todos os dias, além da noiva, os automóveis… doravante, volta não volta, irei falar acerca de carros, velhos, novos, clássicos ou prontos para o abate, automóveis que já conduzi (ou outro elemento da equipa do blog), falar-se-á dos pontos fortes, fracos, consumos estéticos (levanto em conta a época do automóvel, e os conceitos mais modernos, no caso do teste a um carro não novo), etc...
O carro que hoje vou falar, foi o meu primeiro carro, Honda Concerto 1.4 GL, nem o mais curto, nem o mais longo, era o médio, não há muito a dizer, salvo erro, é um 1400 cm3, com 90 cv, com carburador duplo, e por falar no carburador, lembro-me de uma vez um colega meu teimar que o carro só tinha 75cv, e carburador simples, lá abri o capô, e garantidamente que se ele tivesse um buraco, tinha-se escondido lá dentro quando leu: ”DUAL CARB”… foi uma situação engraçada, é o que dá termos a mania que sabemos mais do que os outros… enfim o meu veículo tinha ainda a particularidade de estar a GPL (Gás Petrolífero Liquefeito), o que, não sei ao certo porque, levou o meu carro a passar o seu próprio limite, uma vez que o motor não cortava (não limitava as rotações do motor como habitualmente acontece, e deveria acontecer no caso, por volta das 6000/7000 rpm), e o ponteiro das rotações, encostava em baixo, no tablier, ultrapassando as 8500 rpm, portanto, o tablier era o limite… costuma-se dizer que o céu é o limite, no caso, era mesmo o tablier…
Quanto a equipamentos, tinha vidros elétricos, teto de abrir elétrico, ar condicionado, direção assistida, e acho que pouco mais… Seja como for, era um carro para apreciar a condução, não as mordomias, e a verdade, é que para amantes da condução, aquele carro estava, para a sua época, muito próximo da perfeição. Porquê? Bem, era um pequeno familiar, capaz de rivalizar em termos de capacidades de utilização diária com ícones como o Golf III, Escort, e outros, e supera-los pela sua capacidade de se transformar de um familiar pacífico num agressivo desportivo de 5 portas, quando passávamos a barreira das 3500/4000 rpm. A verdade é que nunca percebi bem se o Honda Concerto foi feito para ser um familiar com apetências desportivas e de competição, ou se, pelo contrário foi construído para o prazer da condução de um desportivo, com capacidade para ser um familiar digno desse nome…
Seja como for, a nível estético, podemos dizer que é um carro que ainda hoje se “papa”, se estiver bem estimado, tem uma linha agressiva e reta, clássica, mas ao mesmo tempo, muito moderna para a época, porque era muito quadrado, mas ao mesmo tempo, aerodinâmico, de facto, como habitual na Honda, o Concerto tinha uma linha um tanto afrente para o seu ano…
Sobre os consumos, posso dizer que tanto bebia 7L/100, como fazia média de 14, depende do pé, se queremos passear com a família, gasta 7, se quisermos mostrar ao nosso amigo com um Peugeot 1.6HDi que o carro dele não anda assim tanto, bem, aí podem preparar-se para uns 13 ou 14L/100… mas se tiver a GPL, em ambos os casos é um carro económico, e bastante fiável.
Podia contar inúmeras experiências que tive com este carro, mas o que vos posso assegurar é que é um carro que se conduz bastante bem, e dá bastante prazer fazê-lo...
Conselho: se tiverem ou adquirirem um carro destes, tenham muita atenção á agua, nunca deixem que lhe falte agua, se acontecer, bem, lá se vai a fiabilidade, mas se não faltar nunca, nem o deixarem aquecer demasiado, meus amigos, tem carro para mostrar aos taxistas que não é só o belo do 190d que faz 500mil ou 1 milhão de Km…